Todos nos já ouvimos falar da Red Zone na Holanda.
Localizada numa das zonas mais emblemáticas do pais, com uma arquitetura do Sec. XIV, linhas góticas, onde o misto de luxuria e charme inundam as ruas despertando o fascínio ou curiosidade de quem a visita.
Nesse local situam-se as famosas «montras do sexo», onde raparigas se exibem literalmente nas montras na expectativa de vender o seu serviço, onde o corpo é visto como «merchandising».
Ao percorrer as ruas de uma bela cidade portuguesa, de nome Viseu, deparam-nos com algo semelhante, o chamado «Bairro vermelho», situa-se nos arredores da cidade, não tem o mesmo glamour que o Holandês mas no fundo funciona da mesma forma.
Ao cair da noite, as luzes dos prédios acendem-se e nas suas janelas algumas dezenas de profissionais do sexo, iniciam a sua exibição, com o objetivo de se auto promoverem e atrair quem por ali passa a comprar os seus serviços.
Ambos os bairros têm fatores positivos e negativos, se por uma lado tornam mais fácil e real a escolha da profissional por parte dos clientes e até a segurança de quem pratica a atividade porque só o facto de estarem tantas profissionais na mesma área permite uma entre ajuda, afastando assim pessoas mal intencionadas.
Mas existe depois o reverso da medalha, da mesma forma que usam o corpo como ferramenta de marketing para atrair o cliente certo, acabam também por atrair os curiosos acabando assim por se expor de uma forma excessiva e até embaraçosa.
Na Holanda o bairro está preparado para esse propósito e completamente legalizado, sendo até um ex-líbris, atraindo o “turismo sexual” que contribui para a continuação do bairro e beneficia o país a nível financeiro.
Em Portugal o exibicionismo é ilegal por ser considerado «atentado ao pudor», a sua popularidade é assinalada como um «bairro duvidoso», onde o turismo sexual é apenas rural o que de um modo geral representa baixos recursos financeiros para melhoramentos no bairro e nas atividades desempenhadas.
Torna o valor dos imóveis mais baixos para quem possa ter comprado a casa dos seus sonhos há 50 anos atrás sem conhecimento do desenvolvimento do bairro. Ouve-se dizer que a movimentação tem vindo a diminuir devido a operações policiais levadas a cabo no objetivo de combater o “atentado ao pudor”.
Será que vai ser o fim do «Bairro Vermelho Português»?